Rezar pelas almas é evocar os mortos?

O dogma da existência do Purgatório é bastante conhecido entre os fiéis católicos, mas muitas vezes não é compreendido em sua profundidade e em suas raízes teológicas. Daí o risco dos católicos serem seduzidos por doutrinas heterodoxas, como as do espiritismo, por meio de suas explicações a respeito do sobrenatural, da existência da alma e das penas que cada um de nós havemos de pagar pelos nossos pecados, nessa ou na outra vida.

Em boa medida, essa carência de informação dos católicos é vinda da falta de quem lhes fale sobre os novíssimos do homem (Morte, Juízo, Inferno e Paraíso), da misericórdia de Deus, que acolhe as almas que morreram em estado de graça, mas ainda não foram purificadas de todas as suas faltas, e da possibilidade de cumprirmos as penitências devidas pelos nossos pecados após a nossa morte.

Há ainda aqueles que acusam os católicos de praticarem cultos aos mortos, como aquele condenado pelo próprio Deus nas Sagradas Escrituras, na ocasião em que Saul consulta uma necromante para falar com Samuel, já falecido (1 Samuel 28, 1-25; 1 Crônicas 10, 13-14). Ambos os casos são doutrinas confusas que se apresentam aos católicos, conduzindo-os ao erro.

Em primeiro lugar, cabe destacar aqui a diferença essencial entre a prática das orações em sufrágio das Almas do Purgatório e a evocação dos mortos praticada pelos espíritas. A propósito, é importante salientar que o espiritismo não é cristão. O espírita não professa a fé em Jesus Cristo como Deus e homem, que nasceu da Virgem Maria e morreu pela redenção dos homens. Para o espiritismo, Jesus não é mais que um ser iluminado como tantos outros que já passaram pela terra. Eles negam, entre outras verdades, na ressurreição dos mortos, acreditando nas sucessivas reencarnações para a alma alcançar a perfeição. Negam a existência do inferno eterno e, consequentemente, do Purgatório. Negam que a nossa salvação tenha sido operada pela obra redentora de Jesus Cristo e por seus méritos.

A diferença substancial é que a fé católica, solidamente firmada sobre as Sagradas Escrituras, crê e professa que a existência do lugar de purificação é obra da misericórdia Divina e que as almas que lá estão um dia gozarão da glória de Deus, vendo-o face a face. É para aliviar essas penas que nós católicos rezamos por elas e até pedimos sua intercessão. Diz-nos o livro do Deuteronômio (18:11) que a consulta aos mortos é abominável a Deus. Uma coisa é evocar, outra é invocar.

As almas daqueles que faleceram não voltam mais para nos causar quaisquer inconvenientes, como crê a doutrina espírita. Nenhuma alma quer voltar do purgatório para a terra, porque elas já têm o conhecimento de Deus infinitamente superior ao nosso e não querem mais retornar às trevas deste mundo. Sabem que dali seu destino é o Céu, onde gozarão da visão beatífica, da companhia Maria, dos anjos e santos.

Devemos, como católicos, continuar a rezar frequentemente pelas almas e não nos deixar confundir através das ciladas que o pai da mentira nos prepara. Devemos estar sempre alertas, alimentando nossa fé com a doutrina segura da Santa Igreja.

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