Manuscrito do Purgatório – Continuação Post 12

photo credit: christianmeichtry via photopin cc
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1875

(Fevereiro) — Vigiai muito o vosso interior. Vossa vida deve ser uma vida de contínuos atos interiores de amor, de mortificação. Nada fazer de extraordinário. Vida bem oculta, bem unida a Jesus.

Deus quer que ameis a Ele Unicamente. Se não puserdes obstáculos às suas graças, Ele tem algumas extraordinárias para vos conceder, e que não deu ainda a ninguém. Ele vos ama de modo todo especial. Não percebestes ainda isto? Procuremos adorar os seus desígnios sem aprofundá-los. Ele é o Senhor e faz com as almas o que bem lhe apraz. Sede sempre muito humilde, bem escondida. Não vos preocupeis com ninguém. Cuidai tão só do que diz respeito à vossa própria santificação.

Amai o bom Deus. Ó como são felizes as almas que possuem este tesouro!

Vossa grande penitência nesta vida não há de ser só a ausência de Jesus mas uma grande dor por todo o pesar que lhe causastes no passado, pelo excesso das graças de que vos cumulou e vos há de conceder ainda, e a impotência em que vos encontrais para retribuir todo amor que desejais lhe dar.

(14 de maio) — Ao fazer o vosso retiro, procurai ter a intenção de não perder nenhuma das graças que Deus vos conceder, e seguir sempre o atrativo de suas graças, ter um grande espírito de fé e um grande recolhimento. Há muito tempo vos estou perseguindo por isto.

É preciso andar sempre tão recolhida, em todas as ações como quando se fica na ação de graças depois da santa Comunhão.

Não deveis fazer nada sem vos recolherdes um instante, e sem consultar Jesus que está em vosso coração: Entendestes?

O, sim, eu amo o bom Deus, mas à medida que uma alma se purifica, isto é, se aproxima do céu, seu amor também cresce cada vez mais.

Pensai muitas vezes no amor que tem por vós. Sede bem fiel a todas as inspirações da graça.

Recomeçai cada dia como se nada ainda tivésseis feito, e sem nunca desanimar.

(18 de maio) — Ó! o número das verdadeiras religiosas, as que têm o verdadeiro espírito, é muito pequeno! Quase uma por cinquenta! É preciso que sejais, custe o que custar, do número destas privilegiadas.

À medida, e na proporção em que eu for me libertando, haveis de me ouvir mais claramente, e, quando eu estiver livre, imediatamente serei para vós um Anjo da Guarda. Mas um anjo que não haveis de ver.

(20 de junho) — Deus pede mas não obriga, não força. Oferece. Ele só quer o coração todo para Ele.

É preciso para obter as graças de Deus, tanto para vós como para a Comunidade, que vos renuncieis de manhã à noite, para que nada procureis em coisa alguma, e tudo seja bem escondido aos olhos das criaturas, e que só Deus saiba de tudo e veja vossos pequenos sacrifícios de cada dia.

Experimentais uma repugnância por diversas coisas. Deus o permite a fim de que possais merecer mais. Prestai atenção e não deixeis perder nada disto.

Quereis saber por que Deus não vos esconde agora as graças que lhe pedis? É porque não tendes bastante confiança nele.

É preciso que ameis a Deus tanto que encontre Ele em vosso coração uma doce mansão onde possa repousar. É preciso que Jesus vos conte os seus sofrimentos, os aborrecimentos que lhe causa o mundo todo o dia, e, da vossa parte, testemunhai-lhe tanto amor que fique Ele consolado.

(14 de agosto) — Não estejais a dar ouvidos a vós mesma. Confiai nele, já não vos disse tantas vezes? Será que Ele não há de querer vos conceder todas as forças necessárias para o servir?

(15 de agosto) — Sim, nós vimos a Santíssima Virgem. Ela subiu ao céu com muitas almas, mas eu… eu fiquei!…

Sentis calor? Ai! se soubésseis o calor do purgatório comparado ao vosso! Uma pequenina oração nos faz tanto bem! Ela nos refrigera como um copo de água fria dada a uma pessoa que tem muita sede.

Fazei todas as vossas ações com olhar em Deus. Eu vos digo: consultai-o antes de tudo que tiverdes de fazer ou dizer. Ó, então quantas graças se hão de derramar sobre vós! Que seja a vossa vida uma, vida de fé e de amor, e se assim fizerdes, já sabeis o que vos disse.

Ocupai-vos do único objeto que há de ser o móvel de toda a vossa vida: Jesus. Sim, Jesus de manhã, Jesus de noite, Jesus de manhã à noite.

(20 de agosto) — Fazei todas as vossas ações sob o olhar de Deus, simplesmente, e neste mundo, não procureis agradar senão a Ele. Enquanto não chegardes a ‘este despojamento de todas as coisas para, não atender `senão a Ele, Ele também não vos deixará em paz.

(8 de setembro) — Deus permite que certas almas tenham uma grande ternura de coração, enquanto outras são menos sensíveis. Tudo está nos seus desígnios. As que têm um coração mais amoroso, este coração Ele o fez assim só para Ele, a fim de que derramem todo este amor no seu Coração adorável. Ele é o Senhor, e dá a, cada um o que bem lhe apraz.

Sofro mais de noite quando repousais. É verdade que eu trago sempre o meu purgatório comigo, mas de dia tenho permissão de vos acompanhar por toda parte, e sofro um pouco menos. Tudo isto é uma permissão de Deus.

(8 de dezembro) — Amai muito ao bom Deus. Não tenhais receio do sofrimento. Confiai muito nele e nunca em vós. Não respireis, não vivais senão para Jesus Cristo!

(12 de dezembro) — Deus Nosso Senhor deseja que antes da adoração perpétua a façais primeiro no coração. Compreendeis bem… É preciso também que vos habitueis a fazer muitas vezes a Comunhão espiritual. Dela haveis de tirar frutos abundantes e os mais salutares, se a fizerdes com boas disposições.

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Veja também: Manuscrito do Purgatório – Continuação Post 11

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